O Instituto Nacional de Estatística (INE) recolhe e publica informação em específico sobre concertos de música em Portugal desde 1979. Neste texto toma-se como referência a série temporal 1979 a 2018. Esta série histórica permite uma aproximação à evolução anual da oferta (sessões), da procura (espectadores) e das receitas provenientes das entradas.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) recolhe e publica informação em específico sobre concertos de música em Portugal desde 1979. Neste texto toma-se como referência a série temporal 1979 a 2018. Esta série histórica permite uma aproximação à evolução anual da oferta (sessões), da procura (espectadores) e das receitas provenientes das entradas.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) recolhe e publica informação em específico sobre concertos de música em Portugal desde 1979. Neste texto toma-se como referência a série temporal 1979 a 2018. Esta série histórica permite uma aproximação à evolução anual da oferta (sessões), da procura (espectadores) e das receitas provenientes das entradas.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) recolhe e publica informação em específico sobre concertos de música em Portugal desde 1979. Neste texto toma-se como referência a série temporal 1979 a 2018. Esta série histórica permite uma aproximação à evolução anual da oferta (sessões), da procura (espectadores) e das receitas provenientes das entradas.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) recolhe e publica informação em específico sobre concertos de música em Portugal desde 1979. Neste texto toma-se como referência a série temporal 1979 a 2018. Esta série histórica permite uma aproximação à evolução anual da oferta (sessões), da procura (espectadores) e das receitas provenientes das entradas.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) recolhe e publica informação em específico sobre concertos de música em Portugal desde 1979. Neste texto toma-se como referência a série temporal 1979 a 2018. Esta série histórica permite uma aproximação à evolução anual da oferta (sessões), da procura (espectadores) e das receitas provenientes das entradas.
Teatro em Portugal
José Soares Neves e Ana Paula Miranda
Publicado a 8 de outubro de 2020 e atualizado a 14 de fevereiro de 2023
O Instituto Nacional de Estatística (INE) recolhe e publica desde 1950 informação sobre sessões e espetadores de teatro em Portugal. Neste texto toma-se como referência a série temporal 1950 a 2021. Esta série histórica permite uma aproximação à evolução anual da oferta (sessões), da procura (espectadores) e das receitas da atividade teatral no país num período longo, embora com lacunas em alguns anos (sessões e espetadores em 1957 e de 1970 a 1978; receitas, série contínua apenas a partir de 1979) e duas quebras de série, por reestruturação do projeto do INE, em 1999 (a mais importante) e em 2011. Note-se que a quebra de série significa limitações comparativas relativamente aos dados de anos anteriores.
No ano de 2020 a crise pandémica do Covid-19 veio interromper de forma muito acentuada um período longo de crescimento dos indicadores da atividade teatral considerados, com destaque para os espetadores que caíram 69,3% em 2020 relativamente a 2019. Em 2021, com a pandemia já mais controlada, o número das sessões voltou a subir, mas não para os patamares registados anteriormente: as sessões subiram 59,6% relativamente a 2020, os espetadores aumentaram 43,3% e as receitas cresceram 41%. Note-se, contudo, que no conjunto de modalidades abrangidas pelo INE, o teatro foi o que teve maior número de sessões.
Quanto à evolução registada nas sessões na série em apreço são visíveis quatros períodos com características distintas: até 1998; 1999 a 2005; 2006 a 2019; 2020 e 2021 (gráfico 1).
Até 1998 o número iguala (o de 1983) ou situa-se sempre abaixo das 3.870 sessões, registando em 1991 o valor mais baixo desta série (2.252).
Pelo contrário, no período que se segue, entre 1999 e 2005 (período que inicia com uma quebra de série), regista-se um crescimento muito acentuado. O número de sessões passa de 2.972 em 1999 para 11.804 em 2005, ou seja, cresce 297%.
No terceiro período, de 2006 a 2019, regista-se de novo alguma estabilidade, mas agora num patamar muito mais elevado. Nos últimos anos, é mesmo visível algum crescimento, sendo valor de 2019 (13.516 sessões) o mais alto de toda a série em análise.
O quarto período reflete as restrições decorrentes da pandemia do Covid-19. Em 2020 o número de sessões diminui para 6.161, ou seja, decresce (-54,4%) comparativamente ao ano anterior. Note-se que é necessário recuar a 2000 para se encontrar um número similar (4.794). Já em 2021 o número de sessões aumentou para 9.836, ou seja, cresceu 59,6%.
Com impacto nos dois primeiros períodos importa notar o investimento público central e local, impulsionado por fundos comunitários, em especial no âmbito do Programa Operacional da Cultura 2000-2006, primeiro na requalificação e construção de equipamentos culturais (teatros e cineteatros), e depois na programação "em rede".
No que diz respeito aos espectadores (leia-se número de ingressos, pagos ou gratuitos) a evolução é bastante distinta. Depois de um período relativamente estável (com um pico em 1956) que vai até 1970, constata-se uma diminuição acentuada entre 1979 e 1998, registando-se o valor mais baixo da série em 1993 com 192 mil entradas (gráfico 2). A partir de 1998 a procura aumenta até 2005, diminui no ano seguinte, para recuperar e crescer até 2008, caindo novamente depois até 2011. Cresce nos anos seguintes de forma acentuada até atingir, em 2017, o volume mais elevado com um total de 2.513 mil espetadores. Em 2020, com o encerramento dos equipamentos culturais ao público de março a maio devido à pandemia do Covid-19 regista-se uma descida muito significativa, para 671 mil. Contudo, em 2021 é bem visível a aumento para 962 mil, valor esse que se situa ainda abaixo do registado em 2001 (970 mil espetadores).
Em relação às receitas de bilheteira - o indicador com mais lacunas de informação - no ano de 1961 regista-se o valor mais baixo da série com o equivalente a €128 mil euros (gráfico 3).
Entre 1979 e 1998 nota-se algum crescimento, mas num patamar muito baixo se comparado com o registado posteriormente, mais acentuado a partir de 1998 até 2005. Regista-se depois um ciclo de quebra que se inverte em 2012, embora com evoluções contrastadas nos anos seguintes. O valor registado em 2020 (€5.862 milhares) é apenas um pouco mais elevado do que o de 2001 (€5.166 milhares). Em 2021, ano de recuperação com o fim das restrições impostas, o valor registado (€8.263 milhares) está ainda, como seria de esperar, num patamar muito inferior, se comparado com os valores da pré-pandemia.
Uma abordagem comparativa da evolução das três séries num período mais curto, a partir de 1979 (ano em que estão disponíveis dados para os três indicadores) mostra que o crescimento mais notório é o das receitas, seguido das sessões e só depois dos espetadores (gráfico 4). O ano de 1998 é aquele que permite balizar a fase de crescimento mais acentuada (antes já se tinham verificado picos quanto às receitas, em 1992 e 1994). Embora se registem oscilações significativas no período mais recente - é bem visível o impacto da crise financeira e económica com a queda acentuada de 2009 para 2012 e o da crise pandémica em 2020 - as receitas situam-se sempre num patamar muito acima dos períodos anteriores, e dos outros indicadores, com as sessões e os espetadores a registarem também crescimento, mas a níveis mais modestos.
Em 2021, o crescimento é mais acentuado no número das sessões (60%), seguido do número de espetadores (43%) e do valor das receitas de bilheteira (41%).
Nota metodológica:
Há duas quebras de série (o que significa que ocorreu algum tipo de alteração no método de recolha dos dados o que determina limitações comparativas face aos anos anteriores) no período considerado, em 1999 e 2011. Em 1999 reestruturou-se o “Inquérito Trimestral aos Espetáculos Públicos”, o qual esteve em vigor até 1998 (inclusive). Da reestruturação resultou o “Inquérito aos Espetáculos ao Vivo” que passou a ter periodicidade anual. Procedeu-se também a uma melhor caraterização do universo das entidades promotoras de espetáculos de natureza artística, tendo-se efetuado uma atualização do respetivo ficheiro através de um “Levantamento das Entidades Promotoras de Atividades Artísticas e de Espetáculos”.
Em 2011, verificou-se uma reformulação metodológica passando a recolha da informação a ser feita por via eletrónica (WEBINQ) a partir de 2012 (ano de referência 2011). Foram realizadas alterações no questionário de recolha, na definição do âmbito, nas classificações e nos conceitos utilizados tendo por base a metodologia do relatório da ESSnet (European Social Statistics Network) Culture Statistics (Bina et al., 2012).
O INE considera:
- teatro "arte de representar uma peça ou obra, podendo incluir vários géneros, como por exemplo: drama, comédia, marionetas, mímicas, revista, declamação, musical, etc.” (INE, 2022, p. 294).
- sessão “apresentação pública concreta de um espetáculo com hora de início predefinida.” (INE, 2022, p. 294).
- espectador “indivíduo que possui direito de ingresso, pago ou gratuito, para uma sessão de espetáculo” (INE, 2022, p. 288).
- receita de bilheteira “receita proveniente da venda dos bilhetes de ingresso, sendo igual ao número de bilhetes vendidos vezes o preço unitário” (INE, 2022, p. 293).
Âmbito geográfico:
Portugal
Referências
Bina, V. et al. (2012). ESSnet-Culture Final Report. Eurostat.
INE. (2005). Documento Metodológico Inquérito aos Espetáculos ao Vivo – 2005, versão 1.0. Instituto Nacional de Estatísticas
INE. (2012). Documento Metodológico Inquérito aos Espetáculos ao Vivo – 2012, versão 2.0. Instituto Nacional de Estatísticas.
INE. (2022). Estatísticas da Cultura 2021. Instituto Nacional de Estatísticas
Como citar: Neves, J. S. & Miranda, A. P. (2023). Teatro em Portugal, [Indicadores OPAC]. OPAC-Observatório Português das Atividades Culturais, CIES-Iscte, DOI: https://doi.org/10.15847/CIESOPACIC012023.